Para dar o “push start button” de verdade nesse blog sobre desenho não poderia começar sem apresentar um desenhista de mangá (que é o estilo no qual me aprofundei mais) mega ultra hiper fodástico que com certeza foi uma grande inspiração para mim, acho que também para muita gente, e que me fez correr atrás de um curso de desenho no auge dos meus 11 e 12 anos: Akira Toriyama
Começando com um breve histórico do cara que tirei da wikipedia: Nascido em Nagóia, Japão, no dia 5 de abril de 1955, começando sua carreira de desenhista em 1978 com a publicação de Wonder Insland na Weekly Shonen Jump, que publicava dezenas de mangás de vários autores em uma única edição. Em seguida outros trabalhos foram publicados, mas o primeiro grande sucesso que gerou até um anime foi Dr. Slump com sua história cativante e engraçada. Mas tudo isso foi um ensaio para a sua obra-prima: Dragon Ball, que durou anos tanto no mangá quanto no anime e é uma das maiores franquias do universo do mangá. Depois desse mega sucesso fez apenas histórias curtas como Cowa! , Kajika ( que está aqui me olhando da estante) e Sandland e one-shots como a paródia a Dragonball : Neko Majin Z. Além de mangás trabalhou com character design de jogos como Dragon Quest, Chronno Trigger e o recente Blue dragon que ganhou um adaptação
Mas essa parte acabou ficando extensa demais e não era o propósito do post apenas mostrar a biografia do autor e sim analisar seu estilo peculiar e o enredo de suas histórias carismáticas na visão desse fã que vos fala. Quando eu era um pequenino passei minha infância vendo thundercats, comandos em ação e outras produções “gringas” que passavam naquela rede emissora de tv global do plim plim, além do “boom” de animações e seriados nipônicos (veja que estou falando do "boom" da minha geração, porque anos antes séries como National kid e Ultraman já passavam na tv brasileira) como jaspion e cavaleiros do zodíaco (lógico que eu fiquei louco nessa época). Mas por volta de 1994 ou 1995 passou em uma manhã de um sábado, no canal do homem do baú, um desenho chamado muito diferente do que eu estava acostumado a ver : Dragonball. E eu fiquei maluco com a história simples e dinâmica, mas bem fechadinha e muito divertida. E o traço era algo que agradava. Pena, que pra variar, a série não passou inteira (só anos mais tarde na TV fechada e depois na aberta) e depois de algumas reprises saiu da grade de programação. Em meados de 1999 (eu acho... hehehehe) apareceu DragonballZ. Meu cérebro explodiu na hora, isso numa época que eu nem curtia tanto desenho, porém comecei a acompanhar direto.
Nesse mesmo ano sairam os mangás traduzidos da primeira parte de Dragon Ball e foi o primeiro mangá que eu comprei NA VIDA, virando um vício na minha vida hehehehhe. Descobri nesse mesmo ano que um amigo meu fazia curso de mangá depois que ele me mostrou uns desenhos do goku e vegeta ai eu falei “Preciso fazer isso também cara”. Detalhe: Eu não desenhava NADA, absolutamente nada! Então não vou entrar em detalhes das minhas peripécias no curso (fica pra outro post).
Voltando ao Toriyama, uma das coisas que fascina em suas obras dele é a simplicidade do trama e mesmo assim ele consegue passar os valores e personalidade dos personagens de um jeito que, mesmo com certas “gags” nipônicas, qualquer pessoa de qualquer país consiga entender a maioria das piadas.
Mas não só de humor vive as obras de Toriyama, ação rola o tempo todo e de maneira que te prende a atenção do leitor. O treinamento do goku e do kuririn com o mestre kame é um dos capítulos mais clássicos que me vem em mente, talvez pelos “exercícios” engraçados que pareciam apenas “zoação” do velhinho, mas que na verdade ajudou muito no desempenho físico e mental deles (meio karatê kid). E no quesito sagas a série Z, pelo menos no começo até o fim da saga de freeza, tudo se encaixa muito bem. Mesmo eu lendo em algumas entrevistas que ele deu dizendo que nunca tinha pensando, na época do Dragon Ball, que o goku era um sayajin. Para ele, era apenas um garoto com rabo de macaco como inúmeras criaturas esquisitas que habitam a Terra em seu universo. Ou o piccolo e kami sama serem namekusei-jins e estarem ligados às esferas do dragão.
Falando sobre a arte em si o traço era bem simplificado no começo (até porque isso é comum em publicações de longa data, pois o artista está começando no ramo), mais caricato e comcenas de ações padrões.Mas à medida que a trama segue foi necessário que o Toriyama cria-se novas cenas de luta (algo que o fez ser reconhecido e muito respeitado pelo mundo) e o traço dos personagens foi levemente alterado para algo menos caricato, tudo isso com muito treinamo e dedicação.
O importante é que não perdeu a identidade criada. Uma coisa que pouca gente repara é que ele desenha veículos e armas como ninguém, às vezes chamando mais atenção que o traço dos personagens.
Outra é a sua paixão em desenhar robôs, que particularmente eu gosto muito, que sempre tenta inserir nas suas histórias de algum modo. Assim como personagens de Tokusatsu em certas “gags”.Tem gente que reclama que todas suas obras têm personagens parecidos com certa obra já feita, mas isso é algo muito comum, pois é o estilo único que o cara criou.
Eu digo que isso é uma forma de reconhecer que tal obra pertence a tal autor e ter essa identidade visual clara É MUITO DIFÍCIL, por isso parabéns para ele. Mas ninguém reclama de personagens do Futurama muito parecidos com os do Simpsons...
Agora pra finalizar segue algumas ilustrações do mestre Toriyama. Sei que ficou muito longo o post, mas dá próxima vou tentar melhorar o meu poder de síntese.
Fuuuuuiiiiiiii!!!
Ps: Me lembrei que no início da faculdade quando comecei a mexer no AdobeI llustrator teve um trabalho que era escolher um desenho e vetorizar. Adivinha qual escolhi.....
Fonte: Wikipedia
3 comentários:
Toriyama é foda, ele sempre consegue fazer umas comédia rlz. E eu preciso ler os outros mangás dele além do DB.
O melhor dele pra mim sempre vão ser os veículos e os animais que ele desenha.
lembro de quando o goku caçava um dinossauro e todo dia cortava um pedaço do rabo dele pra fazer uma bisteca e comer e ficava alucinado com o traço do dino.
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